Jornal: Independent (Nigéria)

Uma coalizão da Diáspora, Yoruba One Voice (YOV), disse que sua proposta de manifestação de sensibilização marcada para 1º de outubro é” sacrossanta”, garantindo aos participantes uma manifestação pacífica.

O YOV presente em 176 países em todos os seis continentes, é o grupo guarda-chuva de mais de 300 grupos de descendentes iorubás no mundo.

O grupo explicou que a manifestação de autodeterminação com a etiqueta: campanha de sensibilização “República de Oodua” foi concebida para chamar a atenção do mundo global para a situação e acontecimentos na Nigéria, salientando que a manifestação seria realizada de acordo com o modelo global para o cumprimento de seu desejo, bem como a libertação do povo ioruba na Nigéria.

Em um comunicado divulgado ontem pelo Diretor de Comunicações do YOV, Camarada Zacheaus Somorin, ele disse que todos os arranjos foram concluídos para garantir uma manifestação pacífica.

Somorin disse: “A manifestação é para sensibilizar o mundo sobre a necessidade de libertar os iorubá dos grilhões da escravização. Divulgamos nossa posição ao nosso povo na Nigéria. A razão para buscar a autodeterminação como o melhor meio e alternativa é salvar a nação da implosão iminente.

“A Nigéria falhou. O país está falhando a cada dia. O ex-presidente Olusegun Obasanjo, disse recentemente, o Prof. Wole Soyinka também disse, mesmo o Aare Onakakanfo da terra iorubá, Iba Gani Adams, deu o alarme de que o país está à deriva ”,

“Da mesma forma, o venerado ex-arcebispo católico da diocese de Abuja, John Onaiyekan, agora arcebispo emérito, não mediu palavras recentemente em uma entrevista em que disse que a Nigéria pode se separar antes de 2023, se continuarmos a ser irresponsáveis ​​e imprudentes.

“Na Nigéria hoje, a vida não tem valor. Há uma insegurança violenta, fraude eleitoral, corrupção, nepotismo e má governança cruel. Os nigerianos em casa são os mais afetados. É necessário que nos levantemos contra a escravidão política por uma parte do país. ”

 

O porta-voz do YOV observou ainda que, “É tudo sobre a nossa imagem, é tudo sobre a nossa identidade como membro de uma nação. Este ‘casamento forçado’ não tem funcionado ”

“A Nigéria fará 60 anos em outubro e a verdade é que não há nada para mostrar. Nada exceto assassinatos sem sentido, sequestros, corrupção, fraude eleitoral ocasionados por má liderança. Então, precisamos mudar as narrativas. Precisamos lutar contra essa ilegalidade e enorme apropriação indébita da fortuna nacional ”, disse ele.

Somorin, no entanto, exortou os filhos e filhas iorubás na Nigéria a se prepararem para a realidade da situação local, enfatizando que o evento que se aproxima certamente mudará as narrativas do país.

“O feedback que estamos recebendo da Diáspora indica que os iorubás na Nigéria estão prontos para o comício e a campanha pela atualização da República de Oodua. O espírito da raça iorubá é alto e estamos acompanhando os desdobramentos dos acontecimentos e tenho certeza que vamos conseguir o melhor para a nossa raça ”, afirmou.