Nós não consultamos o erindilogun (jogo de búzios), ikin e opele ifá para fazer essas analises, aqui estamos supondo um cenário futuro com nossas observações sobre os movimentos presentes em nosso país.
Não se trata de um estudo acadêmico e longe estamos de querer impor a verdade.
Se despertarmos a reflexão já estaremos concluído nosso objetivo.
Resumo:
O cenário de 100 anos para as religiões de matriz africana que estamos imaginando será em um primeiro momento marcado por mudanças ocultas que estão em grande parte relacionadas ao novo conhecimento. Alertamos para a necessidade de conduzir as transformações afim que o encantamento com as novas informações possam ser amortecidos dentro de casas que guardam o conhecimento passado via oral e são a memoria da escravidão em contra ponto está a necessidade de revisão de conceitos: yorubas vivos, que não são a sombra de 300anos, mas são os herdeiros dos cultos dos orisa que seguem uma linhagem ancestral estão transmitido para nós brasileiros novos conhecimentos.
A transformação é inevitável e precisaremos caminhar os próximos 100 anos lado a lado e de mãos dadas conduzindo a estrada da nossa historia.
1-Presença de Orunmila /Ifá
2- Telefone sem fio / liberdade poética
3- Falta de coesão de conhecimento e aumento da rivalidade da informação correta.
4- Chegada de novos sacerdotes estrangeiros
5- Sacerdotes mal preparados.
6- O Segredo que não é secreto .Não incentivo ao estudo religioso.
7- Acadêmicos
8- A não condução das transformações.
9- O dinheiro
10-Cegueira Ancestral e Não querer rever conceitos.
Quem está vivo está conduzindo a estrada da história, o pior cego é aquele que não quer ver.
Lembramos que nossa pagina Orisa Brasil tem vem mostrando as diferentes formas de culto a Orisa em terra Yoruba e que pretendemos assim trazer mais conhecimento ao povo Brasileiro: O CULTO CERTO E VERDADEIRO È ONDE MORA SUA FÉ.
ALERTA: 10 fatores que poderão mudar as religiões de matriz africana no Brasil nos próximos 100 anos
1-Presença de Orunmila /Ifá
Concentrado em maior parte no Rio de Janiero e São Paulo os cultos de Orunmila/ifá estão se espalhando rapidamente entre adeptos e não adeptos dos cultos de Orisa.
Orunmila é um Orisa que possui culto bastante diferente das praticas dos cultos de outros Orisa em terra Yoruba a começar pelo oráculo que tem 256 odu ifá, signos próprios e que usam como instrumento de adivinhação o Opele e ikin ifá.
Muitas vezes travestido como culto Tradicional Yoruba –Isese lagba ( que englobaria todos os cultos de orisa ), vem angariando adeptos, e com a chegada de grande conhecimento trazidos por Nigerianos e Cubanos podem ao longo do tempo se infiltrar dentro das religiões de matriz africana. E já vemos indícios deste caminho muitas pessoas iniciada no culto brasileiro de matriz africana estão se iniciando em Ifá.
Lembramos que em terra Yoruba os cultos dos Orisa são específicos, Yemoja, Osun , Sango etc.. tem seu culto próprio com cantos, versos e oráculos específicos. Ou seja passaríamos a introduzir o culto do Orunmila para justificar segundo a visão deste culto quem são e quais são as importâncias dos outros Orisa. Em 100 anos podemos transformar Orunmila em um Orisa mais importante que os demais.
1.2 Das Mulheres:
Outro ponto importante a destacar é que as MULHERES em alguns cultos de Ifá não tem papel de sacerdócio e quando tem suas funções Iyanifa são limitadas, por uma serie de razões ritualísticas : não podem por exemplo realizar a iniciação a outras pessoas para o Orisa Orunmila.
A hierarquia do culto é praticamente masculina, com cargos de Araba, Oluwo, Ojubonas e outros que são distribuídos apenas a HOMENS.
Em um cenário onde os cultos tenham certa “fusão” …Em 100 anos teremos mais sacerdotes masculinos a femininos?
1.3 Dos Homossexuais:
Ponto bastante deliciado, poucos , mas alguns cultos não aceitam a presença de homossexuais dentro do culto de Ifá. A questão aqui é como isso é definido em clã familiar… torcermos mesmo para que tal família de culto de Orunmila não se espelhe no Brasil com essa ideia, pois seria em nossa opião um retrocesso as conquistas dos Homossexuais, sendo que em nosso país uma das únicas religiões que os aceitam e que dão a eles um sacerdócio são as casas de matriz africana.
Mais uma vez, não são todas as famílias mas algumas são mais radicais que outras: https://drive.google.com/file/d/0B0QWMww0gZVYTG1qVk1xNE1DajA/view?pref=2&pli=1
Em 100 anos cultos que tiverem influencia de sacerdotes mais radicais , PODERÃO proibir a entrada de homossexuais.
1.4 A eficácia do convencimento
Espalhado na internet já estão frases bastantes radicais como: Ifá é a verdade. Apenas um sacerdote de Orunmila pode ver o destino de alguém, apenas um sacerdote de Orunmila pode saber o Orisa de Uma pessoa. ( não estamos generalizando , estamos dizendo que existem alguns sacerdotes de Orunmila propagando estas informações)
Ifá é para todos:
Esta frase destacamos em evidencia, dito por vários sacerdotes e famílias do Orisa Orunmila, um convite agradável para adentrar a experiência do culto tradicional de Orisa Yoruba. Precisamos lembrar quem em terra Yoruba muitas famílias de Orisa não são iniciadas em Orunmila, seguem fazendo o culto de seu Orisa familiar. Lembramos também que assim como qualquer outro Orisa é preciso que você tenha sido designado para tal esse é o contraponto desta frase dito também por outros sacerdotes – “Orunmila é como qualquer outro Orisa sua iniciação é tão importante Quanto para aquele que precisa ser iniciado em Obatala ou Yemoja” etc.
100 anos repetindo essas frases – 100 anos é o bastante para transformar todo mundo em iniciado ou como gostamos de dizer “ filhos “ de Orunmila em primeiro lugar. Uma nação de filhos de Orunmila e de outros orisa ( pq sim em terra Yoruba algumas famílias permitem ter mais de uma iniciação a Orisa) Vai virar parte do rito dos terreiros e barracões “recolhesse” para Orunmila e depois para outro orisa já pensou?
O culto de Orunmila é maravilhoso e entendemos que assim como qualquer outro culto existem sacerdotes bons e outros não, porem algumas frases estão se espalhando e se replicando como fogo em mato muitas delas não consideramos agregadoras mas que mostram que Orunmila é um Orisa supremo. Ele é supremo para quem o cultua mas é preciso tomar cuidado para a verdade de um culto não virar a verdade de todos.
1.5 A troca do conhecimento Oracular e Tradicional
No futuro com muitos sacerdotes de Orunmila qual será a ferramenta de consulta dentro das casas de matriz africana? Erindilogun ( búzios tradicionalmente usado até os dias de hoje) ou opele ou ikin ifá apenas usado no culto de Orunmila?
A novidade é sem dúvida encantadora e sedutora, porem precisamos ficar atentos os cultos de Orisa em terra Yoruba continuam a usar erindillogun, lembrando que estamos falando de uma previsão de 100 anos, quando passar a novidade.. e vierem mais integrantes da terra yoruba para Brasil ou Brasileiros para lá.. acharemos o erindilogun novidade? e correremos para aprender.. ? ATENÇÃO.
Nada disso vai acontecer? que bom.. sinal que conseguimos olhar para o assunto!
POR FAVOR PRESERVEM O ERINDILOGUN!
Importante dizer que tem muitos sacerdotes de Orunmila/ifá conscientes e que ajudam com suas praticas agregar conhecimento sem supremacia. O culto de Orunmila é muito bom mas precisamos ter consciência do que vamos trazer para dentro das casas de matriz africana em nosso país.
Também é importante dizer que não estamos falando que os cultos de matriz africana vão querer isso ou também que os cultos de Orunmila vão querer adentrar as religiões de matriz africana, nós estamos a dizer que sem olhar.. pode ser que a fusão aconteça.
2- Telefone sem fio / liberdade poética:
Todos sabem que o conhecimento dentro das casas de matriz africana se deu de forma vivencial e oral, muitos foram os escritores e sacerdotes que tentaram criar uma base de conhecimento igualitária, fazendo registro principalmente dos itans dos Orisa.
E agora com a internet? Muitos versos , itans tem sofrido transformações brutais quando adentram ao mundo da internet, a pecar pela falta de fonte, e pela liberdade poética, os orisa estão perdendo qualificações e ganhando outras inexistentes, por outro lado tem o internauta que tem vontade de aprender e que não analisa o que está lendo e compartilha, copia, não da autoria e as vezes faz apenas mais uma modificação. Não raro é em uma conversa sobre Orisa alguém falar eu “li tal coisa” “eu li tal historia do Orisa”.. e pronto criasse a corrente.. do telefone sem fio misturada com a liberdade poética que chegará a decima pessoa algo completamente diferente. Logo uma historia vai ganhando popularidade e vira.. Verdade.
Essa bagunça é difícil de colocar freios, pois todos podem escrever, mas e ai e os próximos 100 anos?? Precisamos pensar hoje.
3- Falta de coesão de conhecimento e aumento da rivalidade da informação correta:
A contraponto da questão número 2 onde abordamos praticamente a “invenção” do conhecimento, existe o conhecimento ancestral, a busca a volta o retorno a africanização, hoje a facilidade de informações de sacerdotes de origem Yoruba e também livros escritos por eles estão sem dúvidas facilitando o aumento dos estudos para os interessados.
No entanto é preciso ressaltar o cuidado. Mesmo em terra Yoruba os ritos dos Orisa podem ser diferentes entre regiões. Ao ponto de um mesmo Orisa no processo iniciático precisar “raspar” a cabeça e em outra parte não.
Também existem diferenças entre as Hierarquias de odu ifá, como apresentado neste artigo feito pelo escritor Luiz L Marins:https://orisabrasil.com.br/Loja/curiosidades-sobre-hierarquias-de-odu-ifa/
Ou seja buscar apenas uma única fonte de informação poderá fomentar a rivalidade de conhecimento.
Imaginemos então que membros de casas de matriz africana comecem a estudar profundamente os Orisa, mas com famílias diferentes, de regiões diferentes vamos aprender a conviver com diversidades ?
Importante dizer que nós incentivamos o estudo religioso, alertamos aqui o perigo de se absorver todo o conhecimento de um único lugar/família/Orisa especifico sem se dar conta que em terra Yoruba os ritos podem mudar de região para região. Criando absolutismos segregados.
4- Chegada de novos sacerdotes estrangeiros:
Inevitável !! O movimento já esta em percurso, sacerdotes de maioria cubanos e nigerianos estão se instalando em nosso país, detê-los? impossível !Certamente nem devemos pois sim, temos mesmo muito que aprender. Agora devemos estar cientes que o passo para o conhecimento é mesmo irreversível, devemos tomar nota que ao menos em terra Yoruba os sacerdotes são preparados especialmente para cultuar 1 único orisa, ou 2, 3 no máximo. Então para que se aprenda sobre 10 orisa ou 16 seria mesmo necessário ter esse numero de sacerdotes de cada deidade aqui… Mas tranquilo eles estão chegando. Já em São Paulo mora o filho de um dos maiores sacerdotes de Obatala (Osala) da Terra Yoruba.
Claro e é evidente que os cultos são bastante diferentes da terra Yoruba. E sem hipocrisia quem acha que já sabe tudo pode estar sendo no mínimo prepotente, sim os Yorubas trazem muito conhecimento e será que seremos capazes de absorver apenas o necessário e a pergunta fica.. O que é necessário?
Ou em 100 anos vamos transformar os cultos radicalmente a ponto de gerar outras religiões derivadas do de casas de matriz africana ?
Ifádomble? Iseseble? Bleesinorisa? Umbandoifa?
5- Sacerdotes mal preparados:
Com a nova onda que estamos prevendo para os próximos 100 anos, existirão muitos sacerdotes que talvez se apressem em adquirir um conhecimento, nosso cenário: a volta da africanização.
Sacerdotes Yorubas Nigerianos estudam em média de 15 a 30 anos para se tornarem sacerdotes de 1 único Orisa , com o aumento da “tendência” da africanização sendo cobiçada por brasileiros muitos sacerdotes mal preparados podem surgir.
Vamos explicar o ponto, sacerdotes Yorubas ou brasileiros iniciados em um culto tradicional estão ganhando status competitivo com as maiores casas de matriz africana no brasil. Ao ponto que pensamos aqui que em 100 anos até mesmo os grandes sacerdotes das casas primarias de origem de cultos possam eles mesmos sofrer tais iniciações feita por Yorubas.. esta mesmo achando que somos loucos?
Não é de Hoje que sacerdotes de matriz africana mantem relações com o outro lado do continente. Em 2014 uma comitiva de Oyo ligado ao Alaafin esteve no Brasil para conhecer os maiores terreiros de candomblé da Bahia, no mesmo ano a casa de Oxumare esteve em visita a Oyo – ( fotos disponível no Facebook da casa de Oxumare)ou seja é latente que um movimento de contato com Yorubas esta cada vez mais presente. Ainda abismo… mas estamos a falar sobre daqui 100 anos. É evidente também que não estamos dizendo que nos casos das grandes casas os sacerdotes seriam mal preparados.
Se.. e olhem bem estamos dizendo SE ! sim ! estamos brincando de ver o futuro.. SE um sacerdote de uma casa grande é iniciado em culto tradicional Yoruba de Orisa poderia desencadear um tsunami a força motriz para incentivar os demais.. e lembrando que agora sem precisar atravessar o continente já que tem cultos ditos tradicionais Yorubas de Orisa estão se instalando no Brasil.
Então analisando a tendência daqui 100 anos: uma leva de sacerdotes sem tempo de estudo suficiente pode invadir nossos cultos..na ocasião serão vestido de cultos tradicionais, talvez não pratiquem nem um culto de matriz africana e nem o tradicional ficando no meio do caminho sem preparo e tempo de estudo de ambos os cultos.
6- O Segredo que não é secreto. O Não incentivo ao estudo religioso:
Uma caraterística comum que encontramos nas casas de matriz africana do Brasil é que o conhecimento é passado de forma gradativa, ou seja precisa chegar a um nível hierárquico para começar a ter informações.
Com isso novatos ansiosos por informações encontram hoje vastos matérias na internet e também claro em livrarias.. e novamente( sim somos insistentes) Sacerdotes de outras religiões de Orisa (Nigerianos) e também brasileiros iniciados no culto tradicional e Nós a Orisa Brasil que colocamos a disposição conhecimento aberto para todos aqueles que tem interesse.
E neste grupo não estão apenas novatos – aqueles que acabaram de escolher uma religião mas, pessoas que sem estar dentro de nenhum culto de Orisa começam a ter um conhecimento vasto para se quiserem no futuro façam uma decisão sobre qual religião escolher para adentrar.
100 anos para frente: em um cenário onde a tecnologia avançara mais, onde as passagens de avião serão ainda mais baratas e quem sabe o tele transporte não tenha sido criado?? (ok tele transporte pegamos passado!) mas o desenvolvimento eficiente de recursos holográficos possibilitando ver pessoas em 4D dentro da sua casa.. como conseguiremos continuar a barrar informações? Hora de se adaptar ou vão adaptar conosco? Nada substituirá sem duvidas a pratica ritualística a vivência e iniciação, porem o acesso ao conhecimento estará mais propagado que hoje.
Como será se casas de matriz africana não acompanharem tal ritmo?
A morte das casas por não adaptação a nova condição dos novos adeptos – a vontade de aprender e de questionar pode se tornar objeto futuro da morte das casas de matriz africana triste não é?
Ao passo que parece um cenário bom que as instituições comecem a estudar aprofundar no estudo religioso e ensinar e incentivar os adeptos para que possam agregar e construir junto o conhecimento o cenário menos catastrófico mostrando que houve adaptação as novas necessidades de adeptos mais jovens que nasceram com celulares portáteis e com informação de todos os tipos a disposição.
O medo do conhecimento precisa ser revisto. Um sacerdote precisa ter desígnio, o conhecimento não faz pessoas mal caráter, mal caráter é do ser humano, e é por falta de conhecimento vivencia e estudo que tambem vemos maus sacerdotes.
7- Acadêmicos
PIERRE VERGER:
O turismo é muito perigoso. Mas o que é perigosíssimo são as teorias dos intelectuais. Coisas que não têm nome, que não se justificam, mas são apresentadas com muita inteligência. São coisas muito inteligentes!
Mas, [mas ainda que de forma] inteligente, podem se dizer coisas que são estupidezas tremendas. Muito bem explicadas, mas são completamente falsas. Infelizmente, há recentemente coisas publicadas, que dizem exatamente o contrário do que são.
Tem uma pessoa que escreveu que é proibido a gente comer as comidas que fazem parte das oferendas que se faz a um certo santo. Fez um trabalho minucioso e conseguiu a confirmação do ponto de vista que queria mostrar, mas que é completamente o reverso.
Quando uma pessoa faz um trabalho com uma “hipótese de trabalho”, consegue provar qualquer coisa. E isso, porque baseou a teoria sobre a teoria de outra pessoa, da qual não quero dar nome, que escreve de maneira inteligente, mas que escreve coisas completamente estúpidas. É muito grave! O raciocínio é perfeito, mas a base é falsa.
vEJA MAIS: https://drive.google.com/drive/folders/0B0QWMww0gZVYdGVnMDNFbVFsTGs
Pierre verger alerta para pessoas que irresponsavelmente introduzem novos conceitos se passando por estudiosos e acadêmicos. Ele deu esse depoimento de 1988 , certamente hoje com o avanço da internet ele incluiria mais umas 10 linhas sobre o assunto. Já ouviram expressão? Na internet todo mundo é PHD no assunto. ( PHD alto nível de certificação acadêmica) ou seja todo mundo é um Expert em potencial.
8- A não condução das transformações.
Achar que a religião não muda e não mudara pode ser um grande equivoco ao pensar em 100 anos!!!.. vamos lembrar.. as religiões começaram aqui com escravos, eles não trouxeram com eles vários elementos de culto que podemos comprar hoje em qualquer loja de artigo religioso. Sem efun, sem ekidide, sem edun ara, sem obi, sem orogbo, sem banha de Ori, sem um monte de elementos que tem sido incorporados as praticas religiosos graças a chegada destes matérias. Agora além de novos objetos de uso estão chegando novas informações essas desta vez talvez incorporada de forma mais “imperceptível” com conceito ali e outro lá ..e já entrou!
Com o volume de novas informações que todos tem acesso e terão nos próximos 100 anos e com a resistência a olhar de forma a dizer PRESERVO MEU culto e não vai mudar.. a condução para as transformações inevitáveis podem ser catastróficas.
O volume de informação que chegam e chegará será de dar nó na cabeça e será importante ter pessoas para fazer uma peneira.. ou as informações poderão passar como um trator. Tudo se transforma no mundo, religiões não são estática e precisam e vão acompanhar os desenvolvimentos sociais, econômicos, políticos e de conhecimento.
lembra ? já tivemos um tempo de perseguição policial, já tivemos tempo onde os cultos eram ilegais. Hoje mudou mas ainda existem ameaças latentes no plano político, e no plano do conhecimento.. no plano politico gera a proibição. No cenário do conhecimento gera mudanças ritualísticas e estruturais.. nem tudo que muda é para melhor.. nem tudo que não muda também.
Já é saudosista quem lembra de um tempo onde não se usava liquidificador, processador e só usava fogão a lenha. Já se pode comprar feijão fradinho pronto para bater acarajé. Esse é o campo visível.
O campo do conhecimento é mais complicado do que parece! por isso ele esta no plano de fatores ocultos que poderão alterar as religiões enquanto o campo politico é aparente! CONDUZA A TRANSFORMAÇÃO DO CONHECIMENTO.
9- O dinheiro
E lá vamos nós! Pois é gente.. vamos aqui falar a Religião Orisa não é barata, do que gasta em velas ao que gasta em iniciações e obrigações.
Este fator é o que mais tem incomodado, muitas casas estão incluindo ainda mais luxo nas obrigações, roupas caríssimas, orisa de ouro, e um valor de “mão” que deve ter mais ase que o Orisa.
Brincadeiras a parte o luxo excessivo é outro fator que pode condenar as religiões de matriz africana, com o conhecimento dos cultos feitos na terra de origem Nigéria e Benin, é possível ver ritos lindos, fortes e cheios de ase com simplicidade. No futuro com mais conhecimento, será inevitável esse confronto – é preciso ser revisto ou será mesmo mais barato ir para Nigéria ser iniciado (pagando passagem, estadia, a iniciação e o turismo local) a fazer uma iniciação no Brasil.
Precisamos de mais reflexão. Claro sabemos que não são todas as casas, tem casas bastante conscientes.
Em um outro cenário o dinheiro poderá ser abordado: quem poderá pagar virará bom sacerdote mais rápido… o cenário da africanização: seja no brasil, Nigéria ou Cuba sem duvidas o culto de orisa precisa de investimento. no cenário dos 100 próximos anos, o comercio de informações poderá ser ainda maior, e não julgamos que aconteça pois entendemos que ninguém quer passar o estudo de uma vida de graça e de forma rápida, para isso então existe o pagamento pelo conhecimento.. sim desde que um valor acessível, nos próximos 100 anos, existirão muitos sacerdotes tb oferecendo conhecimento , alguns serão mais famosos, com livros publicados, congressos,.. com isso .. em tópicos anteriores.. poderemos ter mais sacerdotes talvez mal formados por que o tempo de estudo e o dinheiro para estudar serão elevados.. neste mercado existira ofertas de todos os tipos, vendas de títulos e cargos, vendas de “iniciação express” com diploma e foto.
AQUI A PREVISÃO É DE 100 ANOS.. ainda que muito disso já esteja acontecendo atualmente.
10-Cegueira Ancestral e Não querer rever conceitos.
Ta já sabemos parece estar repetitivo, mas temos que tocar neste assunto delicado.
Já dissemos aqui como o novo conhecimento poderá afetar as casas de matriz africana em nosso país. Porem a preservação absoluta de tudo que se tinha como conhecimento pode ocasionar em outra ameaça negativa. Algo dito por 200 anos pode sim estar com conceito equivocado. Lembrando que durante centenas de anos acreditamos que a terra era o centro do Universo e só com novas descobertas ou seja novo conhecimento isso foi comprovado ou seja a terra não é o centro do Universo. Então será preciso ter coragem para realmente observar neste novo mundo de aprendizado e de conhecimento infinito conceitos antigos que podem estar equivocados.
Em 100 anos a falta de revisão destes conceitos podem, motivar a saída de adeptos já que terão acessos a outras fontes de informação. Novos adeptos poderão não mais aceitar o culto por uma “justificativa” de um antepassado negro e escravo , com Yorubas vivos e presentes em nosso território a fonte da ancestralidade estará mais presente e mais viva que nunca.
Quem está vivo está conduzindo a estrada da história, o pior cego é aquele que não quer ver.