A história que queremos na escola ensinada para todos está sendo contada em documentários que podem ter acesso gratuito no Sesc Digital.
Documentários sobre a Independência de Angola contada por Angolanos e Angolanas, trás protagonistas não registrados em livros, e o objetivo é exatamente preservar a memoria daqueles que lutaram para a independência e que hoje estão já com muita idade os documentários estão disponíveis até dia 2 de Dezembro.
A história de Angola, e de outros países africanos funde-se com a história do próprio Brasil. Assista valorize estas iniciativas para que mais delas aconteçam.
A 11 de Novembro de 1975 Angola proclamou a independência, 14 anos depois do início da luta armada contra o domínio colonial português.
O regime de Salazar recusava qualquer negociação com os independentistas, aos quais restava a clandestinidade, a prisão ou o exílio. Quando quase toda a África celebrava o fim dos impérios coloniais, Angola e as outras colónias portuguesas seguiam um destino bem diferente. Só após o golpe militar de 25 de Abril de 1974 ter derrubado o regime, Portugal reconheceu o direito dos povos das colónias à autodeterminação. Os anos de luta evocados em ”Independência” determinaram o rumo de Angola após 1975. Opções políticas, conflitos internos e alianças internacionais começaram a desenhar- se durante a luta anti-colonial.
As principais organizações (FNLA e MPLA e, mais
tarde, UNITA) nunca fizeram uma frente comum e as suas contradições eram ampliadas pelo contexto da Guerra Fria. A independência foi proclamada já em clima de guerra, mas com muita emoção e orgulho, como é contado no filme.
Independência
No dia 11 de novembro de 2020, dia em que Angola celebra o 45º aniversário de sua independência, o Cine África se une à produtora audiovisual angolana Geração 80 para exibir documentários do projeto “Esta é a Nossa Memória”, estimulando a produção de memória sobre este marco histórico do país. Todos foram produzidos no âmbito da iniciativa da Associação Tchiweka de Documentação chamada “Angola – Nos Trilhos da Independência”.
Foram 57 meses, 900 horas de material audiovisual recolhido em território angolano e internacional, com cerca de 700 depoimentos de protagonistas da luta anticolonial. Tudo isto destinado a preservar a memória de um período na História que diz respeito a Angola e à luta de todos os povos sob ocupação colonial cujas memórias padecem ainda de ser registadas e pensadas.
Realizado em 2012 no âmbito do Projeto “Angola – Nos Trilhos da Independência” sobre a participação da mulher angolana na Luta pela Independência Nacional.
São Nicolau foi, no período colonial, o maior campo de prisioneiros políticos angolanos, milhares deles sem julgamento. A vastidão e a estrutura do campo não eram as duma prisão típica mas a fuga era praticamente impossível, entre o mar e o deserto. A população de detidos e seus familiares vinha dos quatro cantos de Angola e dos mais diversos meios políticos, religiosos e profissionais. Todos partilhavam o sonho da Independência, mesmo quando divergiam sobre os caminhos para a obter.
Incluído no projeto “Angola – Nos Trilhos da Independência”, o filme reflete sobre a questão da memória, através de várias entrevistas aos membros do projeto.